Uma metodologia de análise sensorial para os cafés torrados
Redação
A análise sensorial é uma parte importante para qualquer torrefador, seja na escolha de novos cafés para comprar, no controle de qualidade ou na degustação enquanto um novo perfil de torra é desenvolvido. A metodologia de análise sensorial para o café torrado, na qual o pó e a bebida já preparados são analisados quanto aos atributos sensoriais, serve para classificar o café de acordo com os estilos. Os sabores característicos do café se traduzem pela percepção de equilíbrio e harmonia da bebida durante e após a degustação. Podem incluir amargor típico, mas não o resultante da excessiva torra do grão (ou carbonização); presença não preponderante do sabor de defeitos (verdes escuros, pretos, ardidos, preto-verdes) ou inexistência do gosto azedo.

Da Redação –
O café, cultivado em mais de 70 países, está intimamente ligado à vida de bilhões de pessoas em todo o mundo e se tornou a segunda commodity mais comercializada no mundo, depois do petróleo. A qualidade das bebidas de café é influenciad,a por múltiplos fatores, como altitude, solo, clima, procedimentos de processamento, grau de torra e métodos de preparo; entre todos os fatores, a torra desempenha um papel fundamental na qualidade da bebida de café.
A intensidade da bebida é uma percepção de persistência de sabor na boca, associado ao grau de torra e blend. Quanto mais persistente o sabor do café, mais intensa deve ser a bebida.
Degustar o café preparado, colocando uma porção da bebida na superfície da língua e deixando por alguns segundos, e percebendo a persistência dos sabores na boca. A intensidade do café pode variar conforme a seguir: pouco (valor 1): persistência do sabor suave, podendo ser rápida, não permanecendo na boca, porém, livre de sabores estranhos; muito (valor 9): persistência do sabor prolongada, permanecendo na boca, destacando a sensação residual; referência – café torrado: valor ...