As causas da irritação epidérmica
Redação
A dermatite atópica (DA) é uma condição crônica, recorrente, inflamatória e pruriginosa da pele, que ocorre com maior frequência em crianças (início precoce), mas também pode afetar os adultos, os quais representam um terço de todos os casos novos da doença, tratando-se de uma das doenças mais comuns na infância.

A irritação epidérmica pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo substâncias químicas, alérgenos e condições médicas. Pode-se listar algumas das principais causas de irritação epidérmica, conforme identificado nas informações disponíveis.
As causas comuns de irritação epidérmica, como a dermatite de contato por irritantes, envolvem os detergentes, os produtos de limpeza que podem causar irritação ao entrar em contato com a pele. A exposição a substâncias oleosas que podem irritar a pele e os solventes ou os produtos químicos que podem causar reações irritativas.
Os cosméticos ou alguns ingredientes em produtos de beleza que podem ser irritantes e os medicamentos tópicos que podem causar reações adversas. O contato direto com certos alimentos que podem causar irritação. A exposição a plantas que causam reações alérgicas ou irritativas.
Na dermatite não especificada, os casos em que a causa da irritação não é claramente identificada, mas ainda resulta em sintomas de dermatite e as reações a medicamentos que podem causar as erupções cutâneas que podem ocorrer devido a medicamentos, incluindo reações alérgicas.
Assim, a dermatite atópica é uma condição crônica que pode ser exacerbada por irritantes ambientais. O eczema é uma condição que causa inflamação e irritação da pele. O contato prolongado com substâncias irritantes pode levar a uma resposta inflamatória na pele.
A irritação epidérmica pode variar em gravidade, desde leve vermelhidão até reações mais severas, como bolhas ou descamação.
A identificação e a evitação do agente irritante são fundamentais para o manejo da irritação epidérmica. O MS-PCDT: Dermatite Atópica explica que ela afeta cerca de 1% a 3% dos adultos na maioria dos países, sendo mais prevalente em pessoas com tendência atópica, as quais desenvolvem de uma até três das condições intimamente ligadas: dermatite atópica, rinite alérgica e asma.
A fisiopatologia da DA é complexa e envolve fatores genéticos, ambientais, anormalidade da barreira cutânea, desregulação imunológica e alterações do microbioma da pele, que levam a lesões cutâneas e prurido intenso, comprometendo a saúde e a qualidade de vida das pessoas afetadas por esta condição. Os pacientes com DA têm barreira cutânea suscetível à xerose, um estado de ressecamento patológico da pele ou das membranas mucosas, fazendo com que a exposição a irritantes ambientais e alérgenos levem à inflamação e prurido.
As alterações da barreira cutânea podem ocorrer pela diminuição dos níveis de ceramidas, que desempenham um papel na função de barreira da pele e previnem a perda de água transepidérmica. A barreira cutânea defeituosa permite que irritantes e alérgenos penetrem na pele e causem inflamação devido a uma resposta Th2 hiperativa (com aumento de IL-4 e citocinas IL-5) em lesões agudas e resposta Th1 (com IFN-? e IL-12) em lesões crônicas.
A filagrina é uma proteína epidérmica decomposta em fator de hidratação natural, de modo que a deficiência dessa proteína também é considerada um dos principais determinantes para alteração da barreira cutânea. A DA tem apresentação clínica variável, dependendo da idade e curso da doença.
Pele seca e prurido são sinais clássicos da DA. As lesões eczematosas podem se apresentar com formas agudas (edema, vesículas e secreções), subagudas (eritema e edema menos intensos e presença de secreção e crostas nas lesões) e crônicas (liquenificação da pele, prurido intenso e lesões de aspecto mais seco).